Sem Aviso
Sem aviso
Imagino uma noite escura, onde o silêncio pesa como um véu. Uma mão trêmula, pálida, busca desesperadamente a beira da cama, como se procurasse apoio em um abismo. O pulso, outrora vivo e pulsante, agora está gelado, inerte. O relógio no criado-mudo marca o tempo, mas o coração que antes batia em compasso com seus ponteiros agora permanece imóvel.
Nessa cena sombria, há uma história não contada. Quem é essa mão solitária? Quem repousa na cama, envolto em mistério? O que levou a esse momento derradeiro? As sombras dançam nas paredes, e o vento sussurra segredos que jamais serão revelados.
Talvez seja o fim de uma jornada longa e dolorosa, ou talvez seja apenas o começo de algo ainda mais obscuro. A escuridão abraça tudo, e o mundo lá fora parece distante e indiferente. A mão permanece ali, buscando algo que já se perdeu.
E assim, na quietude da noite, a vida se esvai, deixando apenas memórias e perguntas sem resposta. O pulso gelado não pulsa mais, mas a história continua, ecoando nas sombras daquela noite escura.
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